sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Carlos Drumond de Andrade, poeta brasileiro -1902-1987

Amar o perdido
deixa confundido
este coração.
Nada pode o olvido
contra o sem sentido
apelo do Não.

As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão.

Mas as coisas findas,
muito mais que lindas,
essas ficarão.

Drumond

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